Hoje, depois de resolver uma questão bem chata, fiquei horas lendo a estória do jogo, que só tinha lido aos pedaços. Queria estar preparada para quando ele postar os diálogos do True Ending. Morrendo de medo que não faça, que por algum motivo não poste.
Ele tem uma narrativa tão divertida, porque implica muito com a Serah, dizendo que ela é burra de um jeito tão engraçado, que por várias vezes me peguei rindo sozinha com a tela. Não estou trazendo estes pontos de vista dele, porque desejei trazer para vocês uma tradução mais isenta, para que possam vocês próprios formarem suas opiniões.
Quando terminei, deitei-me e fiz uma pequena viagem ao passado enquanto tentava dormir, lembrando da época em que comecei a blogar sobre XIII e também não sabia nada sobre o jogo e cada episódio era uma grande descoberta.
Sentia-me como uma criança desvendando um lugar encantado, com estes mesmos olhos cheios de ingenuidade e prazer. Lembro-me da decepção dos primeiros capítulos, totalmente engessada. E do deslumbramento com cada pequena descoberta que ia fazendo ou que surgia à minha frente: a linha de ferro abandonada, tão familiar, Cid, o deslumbramento com a liberdade em Pulse, a alegria ao ver o primeiro Chocobo, o temor ao avistar Tonberry, a paz com a vista de The Faulkwarrens, a vontade de lutar com o Titan, o choro naquele final magnífico, a adrenalina da primeira tartaruga derrotada e tantas e tantas outras sensações e emoções.
E que fui colocando aqui, de forma totalmente livre e espontânea, sem me impor qualquer tipo de censura, com total liberdade e tendo a grata surpresa de encontrar eco em vocês. Foi uma época bem feliz.
Deitada na cama, lembrando, minha vontade era de voltar realmente no tempo e continuar ali, aqui, daquela forma, pela eternidade, como se presa em um eterno sonho feliz, como Serah em um momento do jogo.
Vontade daquele aconchego, daquele bem estar!
Hoje tudo é muito diferente. Já conheço o jogo todo, praticamente não haverão surpresas. E ao longo destes quase 2 anos várias decepções foram ocorrendo. Com a Square-Enix, com XIII-2, com Versus, com leitores, com outros sites, com amigos e não tão amigos.
Cada um destes eventos parece que rouba um pedacinho de meu coração, uma parte de minha ingenuidade de criança, de meu encantamento com a série e com o ato de blogar sobre ela.
Às vezes, como hoje, ao lembrar-me de como era, de como me sentia, sinto-me tão triste. Percebo que o vaso quebrou irremediavelmente, que ainda posso colar e que talvez dure mais uns tempos, mas um dia vai quebrar de vez e não terá mais conserto e mesmo enquanto isto não acontece, não é mais o mesmo.
Não tem mais o brilho das coisas novas e puras. Eu queria Finais Fantasys como antigamente, como X ou até como XIII. Queria não conhecer outros sites, nem saber dos rumos da SE. Queria nunca ter conhecido fanboys e ainda crer que todos que me leem me apreciam. Queria esperança. Voltar a ser criança. Sonhar. Acreditar.
Queria que o portal do tempo existisse e eu ficasse aqui, há 2 anos, para sempre embalada naquela alegria inocente.
Que pena que máquinas do tempo não existam de verdade.
(Ignorem este post se possível. Nem é tanto para vocês, apenas tenho este desejo neste momento de escrever algo meu, totalmente real. Talvez para registrar um momento, talvez apenas para saber que ainda posso escrever algo que venha limpo e inteiro do coração.)