Ela abriu a porta. O cheiro de banho recém tomado e sabonete escapou do ambiente e penetrou refrescante em minhas narinas. Usava um vestido de alças, deixando os ombros e o colo delicado à mostra. Seu rosto estava iluminado pelo sorriso. Pena que assim que me viu, encerrou-o. “Quem ela estava esperando?” – Pensei enquanto a observava abrindo a boca surpresa. Parecia uma repetição da praia e quando começou a levantar a mão, lembrei-me que após tapar um grito saíra correndo tão rápido que nada pude fazer. “Desta vez não!” – Instintivamente segurei seu braço para impedir que fugisse. - Você não vai sair correndo, vai? – E complementei com um sorriso, esperando ser o suficiente para a reter. - Nããão. – Respondeu, parecendo ainda indecisa. - Sou Adriel, seu vizinho. Moro na outra ponta da praia. Antônio pediu-me que lhe desse uma carona. Ele não te avisou? – Expliquei ainda segurando delicadamente seu braço. A pele era macia e quente e não tinha pressa em retirar minha mão. Ela pareceu conf