Levei Maise para casa um pouco após. Tínhamos que dormir cedo para a viagem amanhã, mas ficamos conversando e quando vimos era tarde já. Ia embora já, ao menos ia fingir ir. Desde aquela noite da festa de Antônio e especialmente após a quase queda da árvore acostumei-me a passar as noites na cabana, vendo-a dormir. Não era realmente necessário e nem ela sabia, apenas quando tentava ficar em casa sentia-me agitado, nervoso e ansioso. Só acalmava-me ao vir aqui. Naturalmente estava envergonhado com a fraqueza de minha força de vontade. Minhas melhores intenções desabavam quando o assunto era Maise. Parecia que todos os séculos de autodisciplina e rigor não existiram ou simplesmente desapareceram e ainda não entendia completamente como isto poderia ser. - Adriel, fique comigo esta noite. – Pediu ela olhando-me cândida e inocentemente. - Fizemos um trato, lembra-se? Concordei com a viagem e a mudança provisória desde que as coisas entre nós permanecessem como estavam até meu retorno de Cel...