Pular para o conteúdo principal

Xenoblade Chronicles 3: primeiras impressões


Conforme expliquei em meu último post, depois de anos sem jogar, tive receio de que a tecnologia dos aparelhos e dos próprios games tivesse evoluído tanto que teria dificuldades em acompanhar. Isto não é verdade, ao menos para a Nintendo, uma vez que o Switch já tem 5 anos e é o mesmo de quando ainda jogava. E, o que me deixou ainda mais surpresa é o fato de que também não é verdade para o Xenoblade Chronicles 3 e talvez não seja para qualquer outro jogo. As coisas evoluíram muito pouco nestes 5 anos, pelo visto.

Acabei agorinha o capítulo 1. Tem muita coisa que ainda não vi. O sistema de combate, por exemplo, mal se completou com a equipe de 6 pessoas. Nunca vi um Chain Link e outras particularidade que já sei que o sistema contempla. O que pretendo com este post é apenas transmitir minhas primeiras impressões mesmo e não bater o martelo em um julgamento definitivo, ok?

Me preocupei bastante em não ler nenhuma das análises já publicadas porque não queria ser influenciada. André e eu não trocamos opinião sobre o jogo, ainda. Estamos nos restringindo a comentar os aspectos técnicos do jogo.

SISTEMA DE COMBATE

Com relação ao sistema de combate, ele parece ser mais ágil do que o sistema do Xenoblade 2. As lutas estão mais rápidas logo de cara. Os acessórios são mais efetivos também! A coisa funciona. É divertido? Ainda não. É cheio de detalhes e nuances e acredito que vai levar um tempinho até entender tudo, engatar e me soltar. Por enquanto, estou conseguindo prosseguir sem muito sofrimento, de forma que estou satisfeita.

Foi quando vi o Ouroboros no final do capítulo 1 que fiquei realmente convencida. O Ouroboros é um sistema em que dois personagens se fundem tornando-se um ser diferente e bem mais poderoso. Aqui, vejam:


Este grandão azul é o Ouroboros resultante da fusão do Noah e da Mio. Todas as skills são diferentes. E foi muito bonito ver e bem legal jogar com ele. Aparentemente depois de desbloqueada a função, pode-se fundir a qualquer momento em que se queira. A fusão tem um tempo preestabelecido de duração. Quando termina precisamos esperar até que o medidor esfrie para podermos fundir novamente. Ainda não experimentei todas as possibilidades porque terminei o capítulo 1 e resolvi postar tudo antes de recomeçar a jogar ou acabaria esquecendo tudo.

As curas são apenas através de skills. Não existem poções, revive, etc. Os healers da equipe são os responsáveis por manter a turma com vida e reviver quem morre. Imediatamente após a luta, os mortos revivem e toda a vida de todos é restaurada. 

Conversando com o André e lendo seu post sobre o sistema de combate vi o quanto de coisa que surgirá pela frente. Então, estou convicta de que este sistema está longe de ser básico e simples. É complexo e com várias camadas de profundidade. Tem todo potencial para ser desafiante, estratégico e, espero, muito agradável de se jogar.

Agora... O que realmente me deixou feliz foi descobrir a opção de Auto Batalha (botão de menos "-" após iniciar uma luta) . Todos que jogam jRPG concordam que upar às vezes é um porre, com perdão da palavra. Com a Auto Batalha, você começa uma luta e o sistema joga por você. Ajuda muito! 

 

MUNDO

O mundo que vi até o momento é ok em termos de beleza da natureza. Até o final do primeiro capítulo estamos no campo, com uma natureza rala, sem grandes atrativos e muitas pedras, despenhadeiros, barreiras, etc.  Nada espetacular, mas tudo bem feito. Ok. Até onde sei parece que é um mundo gigantesco, mas podemos viajar de um ponto já visitado a outro muito rapidamente.

A localização é relativamente fácil, com os pontos de objetivos marcados no mini mapa para orientação geral, mas como sou perdida em geral, me perco lá também. 


PERSONAGENS

Os personagens me surpreenderam muito positivamente. Primeiramente pelo visual. São todos belos, as vozes são agradáveis e as roupas as mais decentes que já vi em um jogo de jRPG. Pela primeira vez não jogarei com meninas que parecem garotas de programa de quinta categoria. Isto é um grande alívio!

Eles também me surpreenderam pelas personalidades e histórias distintas. Não é que já tenhamos tido tempo para distinguir profundamente um do outro apenas em termos de personalidade, mas aqui e ali existem indícios de que é possível esperar profundidade e intensidade neste sentido.

São 6 pessoas fixas, dois de cada classe (Attacker, Healer e Defender), sendo cada um de cada um dos 2 países do mundo. No vídeo acima vemos Noah e Mio tocando a flauta para enviar as almas dos mortos para o além, o que é um tipo de profissão que ambos compartilham, a de Off-Seer.

HISTÓRIA

Na sequência farei um post sobre o primeiro capítulo da história, até mesmo para ajudar quem não fala inglês a entender o que se passa. Aqui falarei apenas o que estou achando da história, sem spoilers. 

Estou achando a história de Xenoblade Chronicles 3 completamente fascinante. É misteriosa, sensível, emocionante e intrigante. Sabendo do passado de histórias grandiosas da franquia, só posso dizer que é um começo realmente bom, que nos deixa a todo momento roendo as unhas de ansiedade, querendo saber mais. O que houve? Como? Por que? Para quê?

E é uma história diferente. Realmente diferente. Me fez parar algumas vezes para imaginar como seria viver daquele jeito e comparar com nosso tipo de vida.

INTERFACE DO JOGO

É o ponto mais fraco de todos. A interface é, para dizer pouco, básica. Minimalista, digamos assim, para não ofender. Falta um bestiário. Falta localização de itens. O tutorial deles é francamente uma piada. Falta profundidade. Falta tudo. Tem o mínimo possível para fazer o jogo rodar e pronto. 


MÚSICA E SONS AMBIENTES

Tudo muito agradável. Nada de sons estridentes ou dissonantes. Primeira vez que estou deixando o som ligado enquanto jogo. Normalmente só deixo ligado nos primeiros momentos e logo me incomoda.


IMPRESSÃO GERAL

Sendo bem honesta agora, nós sabemos que dificilmente um jogo é perfeito perfeito. Talvez só o XII. E mesmo ele não é consenso. Tem gente que reclama de personagens, história, etc...

Xenoblade Chronicles também não parece ser perfeito. Se por nada mais, somente a falha da interface muito simplificada já tiraria alguns pontos. A falta de tradução ou ao menos legenda em Português já retiraria alguns outros. O sistema de combate pode se revelar o melhor ou o pior. Ainda não tenho certeza. A história promete e muito! Os personagens idem. 

Não é um jogo que me deixou de boca aberta, deslumbrada, a cada momento. Não foi um Wow!!!, mas é um jogo que produziu uma sensação boa ao jogar. É satisfatório e gostoso. Não estressa e sim relaxa e diverte. É um jogo bem estruturado, bem feito, de uma grande franquia, quase tudo indica que temos um jogo sensacional pela frente e estou realmente animada para me embrenhar mais e mais. 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

(FF XV) Capítulo 1 - Parte 1a - Hammerhead Region, com mapa, tesouros, missões, etc...

Abra a imagem em uma nova guia para usar o zoom e ver tudo. Tentei fazer uma gambiarra com fotos do mapa. Acho que vai dar para entenderem, com alguma boa vontade. Mostra todos os tesourinhos, com legenda ao lado. No topo central a lista das sidequests da história.  No mapa, as linhas começadas em pontos azuis são Sidequests opcionais e recomendadas pelo guia, os pontos verdes são Tours e os amarelos são Hunts. Acho que este início é mais para a gente se localizar mesmo. Eu fiquei um tempão zanzando pelo mapa e recolhendo os tesouros. Peguei a espada longa que é o ponto U4 (muito boa!) - a espada que está no ponto verde (U6) é só pós game - e os acessórios I3 e G1, além dos Mega-Elixires e e Mega-Phoenix (P1 e P2) e um monte de cacareco que ainda não sei para que serve. PELO AMOR DE FF: não vá sair por aí vendendo NADA! NADA é NADA! Passe fome, durma em acampamentos, lute com as mãos se for preciso, mas não venda nada até sabermos o que pode ser vendido ou não. Ist...

(Detonado) God of War III - Passo a passo completo em Português - 4a. parte

E no fim só haverá o caos! O SUBMUNDO --------------------------------------------------------------------------- Juízes do Submundo --------------------------------------------------------------------------- Esvazie os baús para conseguir orbes vermelhos, siga em frente balançando entre os pontos de pegada até chegar em uma plataforma espaçosa. O terceiro olho da Górgona e a primeira melhoria de barra de vida podem ser encontrados para a esquerda, entre os dois baús. Retorne até o objeto brilhante no centro da plataforma e então siga para receber o primeiro teste dos 3 Juízes Infernais. Teste 1: O Condenado: Bastante simples esse teste. Elimine todos os inimigos que aparecerem e as almas perdidas. evite que aos mãozinhas peguem as almas para não ficarem mais fortes. Teste 2 : A Perdição: O minotauro escondido no meio da confusão, torna a luta mais preocupante, mas dois movimentos ajudam bastante contra ele: Baterring Ram e Hyperion Ram. Quando os inimigos normais encostarem...

(FF XV) Os mistérios do Menu Ascenção

Esses são os status atuais dos meus personagens! Por Brunoliveira Fala aí galera! Muita gente está com uma certa dificuldade aí para definir o que priorizar na Ascensão logo de cara. Afinal são 8 abas, muitas opções e, no começo, pouco PA (Pontos de Aptidão) ou AP (Ability Points) para gastar, hahah... É justamente aí que reside de cara a minha primeira dica sobre Ascenção: Priorize ativar de cara os nodos que te permitem ganhar mais PA. São eles - Na guia Exploração: Corrida de Rua (Ganha PA por andar de carro), Especialista em Acampamento (Ganha PA por acampar), Mestre em Acampamento (Ganha mais PA por acampar). - Na guia Magia:  Ação Mágica (Ganha PA por usar um feitiço) Por que que eu não citei também os nodos que ativam o ganho de PA por utilizar chocobos? Não coloquei porque no começo do jogo não temos os Chocobos disponíveis e talvez seja interessante direcionar o uso de PA para coisas mais urgentes e importantes. Alguns Nodos que já habilitei n...

Final Fantasy XIII: crítica, dicas e walkthrough (detonado, passo a passo)

PARA OS GAME LOVERS DA FRANQUIA FINAL FANTASY Dois anos de agonia sobrevivendo à base de míseros trailers, com remarcações sistemáticas da data de lançamento para isto??? A Square-Enix endoideceu? Terceirizaram o desenvolvimento do jogo para alguma empresa de fundo de quintal? Cadê nossa liberdade de ir e vir, de escolher o que fazer primeiro, de explorar o mundo? Onde estão os segredos, os tesouros ocultos, as mini quests, os bosses opcionais, as armas invencíveis? Inimigos aleatórios, mudanças de roupas, escolha do time, das habilidades, das armas? Nem pensar. E por falar em armas e acessórios, que vergonha! Francamente. E o upgrade das armas então? Meo Deus!!! Fala sério!!! O sistema de evolução dos caracteres? A tal da Crystalium System? Fenomenal... De ruim! Então você não pode escolher para onde ir (é sempre em frente), não pode voltar, não há recantos escondidos, não decide com quem joga e é conduzido ou induzido com relação á natureza de cada caracter. A sua esco...

(Persona 5) Guia em Português dos Confidentes (Confidants)

Sejam bem vindos a "Phantom Thieves", como tudo começou... Faça novas amizades: Para fazer novas amizades é bem simples, basta passar um tempo com algum  personagem para ganhar pontos de relacionamento, sendo que a relação sobe de nível  após acumular pontos suficientes. Acompanhar os confidentes faz o tempo passar e algumas ações melhoram os  relacionamentos mais rápido. Tenha em mente as seguintes informações ao interagir com os confidentes: *Sempre que for se encontrar com algum Confidant, leve uma Persona do mesmo  arcano dele, pois isso aumenta a quantidade de pontos de relacionamento recebidas  ao interagir com eles. Não é necessário equipar a Persona e o nível dela não faz  diferença; *Alguns confidentes sobem de nível de maneira diferenciada, seja automaticamente  durante o avanço da história, seja fazendo tarefas especiais. Nesse caso, não é  necessário levar uma Persona do arcano correspondente....