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Mostrando postagens com o rótulo A dor de viver

Pablo Picasso - Guernica e a Pomba da Paz

"Não, a pintura não está feita para decorar os cômodos. É um instrumento de guerra ofensivo e defensivo contra o inimigo." Pablo Picasso, sobre Guernica. A Paz - Gilberto Gil Pablo Picasso foi um artista espanhol singular tanto pela assombrosa capacidade de produção (doou 2.000 telas para o Museu de Picasso e era apenas parte de sua vasta obra), como pela diversidade de técnicas que dominava além da pintura (escultura, litografia, cerâmica, gravura, colagens, etc.) e também pelos estilos adotados. Foi o fundador do cubismo e é considerada dele a primeira colagem em pintura. Sua personalidade ainda intriga os críticos e estudiosos. Por um lado, um "bon vivant", apreciador da vida e das mulheres, por outro simpatizante do Anarquismo e filiado ao Partido Comunista. Recusou-se a pegar em armas na Primeira Guerra Mundial, na Guerra Civil Espanhola e na Segunda Guerra Mundial. Alguns acham que por pacifismo, outros por covardia. É dele Guernica , a pintura que se ...

Imagine - John Lennon

Imagine (tradução) Imagine que não existe paraíso É fácil se você tentar Nenhum inferno abaixo de nós E acima apenas o céu Imagine todas as pessoas Vivendo para o hoje Imagine não existir países Não é difícil de fazê-lo Nada pelo que lutar ou morrer E nenhuma religião também Imagine todas as pessoas Vivendo a vida em paz Talvez você diga que eu sou um sonhador Mas não sou o único Desejo que um dia você se junte a nós E o mundo, então, será como um só Imagine não existir posses Surpreenderia-me se você conseguisse Sem necessidades e fome Uma irmandade humana Imagine todas as pessoas Compartilhando o mundo Talvez você diga que eu sou um sonhador Mas não sou o único Desejo que um dia você se junte a nós E o mundo, então, será como um só. ... Alguns artistas olham, buscam e trabalham apenas pela beleza estética, pela perfeição da imagem ou da forma, outros como os que postei anteriormente nesta série ousaram converter seus sentimentos de angústia e impressões de dor em obras de arte, be...

Os Homens Ocos - T. S. Elliot

Boomed - Oscar Pilch Os Homens Ocos ( T. S. Eliot ) "A penny for the Old Guy" Nós somos os homens ocos Os homens empalhados Uns nos outros amparados O elmo cheio de nada. Ai de nós! Nossas vozes dessecadas, Quando juntos sussurramos, São quietas e inexpressas Como o vento na relva seca Ou pés de ratos sobre cacos Em nossa adega evaporada Fôrma sem forma, sombra sem cor Força paralisada, gesto sem vigor; Aqueles que atravessaram De olhos retos, para o outro reino da morte Nos recordam - se o fazem - não como violentas Almas danadas, mas apenas Como os homens ocos Os homens empalhados. II Os olhos que temo encontrar em sonhos No reino de sonho da morte Estes não aparecem: Lá, os olhos são como a lâmina Do sol nos ossos de uma coluna Lá, uma árvore brande os ramos E as vozes estão no frêmito Do vento que está cantando Mais distantes e solenes Que uma estrela agonizante. Que eu demais não me aproxime Do reino de sonho da morte Que eu possa trajar ainda Esses tácitos disfarces Pel...

O Corvo - Edgar Allan Poe

The Raven - ilustração de Gustave Doré O CORVO Edgar Allan Poe Numa meia-noite agreste, quando eu lia, lento e triste, Vagos, curiosos tomos de ciências ancestrais, E já quase adormecia, ouvi o que parecia O som de alguém que batia levemente a meus umbrais «Uma visita», eu me disse, «está batendo a meus umbrais.» «É só isso e nada mais.» Ah, que bem disso me lembro! Era no frio dezembro, E o fogo, morrendo negro, urdia sombras desiguais. Como eu qu'ria a madrugada, toda a noite aos livros dada P'ra esquecer (em vão) a amada, hoje entre hostes celestiais — Essa cujo nome sabem as hostes celestiais, Mas sem nome aqui jamais! Como, a tremer frio e frouxo, cada reposteiro roxo Me incutia, urdia estranhos terrores nunca antes tais! Mas, a mim mesmo infundindo força, eu ia repetindo, «É uma visita pedindo entrada aqui em meus um...

Van Gogh e Edvard Munch

Campo de trigo com corvos - Vicent Van Gogh - 1890 Dizem que este foi o último quadro pintado por Van Gogh que teria se suicidado uma semana depois, com um tiro no peito disparado por uma arma que emprestara com o propósito de espantar os corvos. Muitos críticos viram no céu tempestuoso, nos corvos revoltos como anjos negros e na agitação do trigo uma clara demonstração do estado de espírito tumultuado do pintor que entremeava momentos de lucidez com outros de delírio devido à sua doença mental. O Grito - Edvard Munch - 1893 Pintada apenas 3 anos após a de Van Gogh, esta tela de Munch tornou-se tão famosa e iconoclástica quanto aquela. Aqui um personagem andrógino, sem cabelos como se doente, torto e deformado está a gritar e a tapar os ouvidos como se assim pudesse interromper ou deter o que o incomoda. Todo o quadro expressa dor, angústia e desespero. A exposição que o mostrou pela primeira vez foi considerada tão perturbadora que um crítico recomendou que grávidas não a visitass...